O que posso dizer
Do que sinto no meu coração?
Pois ele pula, esquenta
Espero que não seja a paixão
É um sentimento bom
Quando a troca de fluídos é igual
Mas se não há retribuição
É verdade, torna-se um mal
Então, diante dos extremos,
O que posso dizer?
Se o que sinto é real
Mas o que deixo de fazer é ilusão
O medo tranca um fato natural
Quem me dera eu fosse
Uma criança ingênua e inocente
Talvez o desapego e o não desejo
Dessem-me um amor como presente
Mas sou adulto, mente cheia
Então agora, o que dizer?
Antes de qualquer conversa
O que preciso é ser digno
Dominar essa emoção submersa
Olhar para os extremos
Sentir a essência, permanecer no meio
O meio é força, sabedoria
Energia livre que flui sem freio
Neste ponto sim, eu vejo
E assim posso dizer:
O meio é o Amor
Como um menino muito esquivo
Que não se deixa enganar, aprisionar
Que busca o passivo pra se tornar ativo
Passividade é uma fonte
De onde vem a paz, justiça e poder
Vem tudo o que me falta
Saciando a sede, integridade do meu Ser
E agora vou dizer:
Para que o menino flua
Não deve existir medo a nos prender
Então, deixe viver...
Leo
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