domingo, 13 de fevereiro de 2011

Deixe viver

O que posso dizer
Do que sinto no meu coração?
Pois ele pula, esquenta
Espero que não seja a paixão
É um sentimento bom
Quando a troca de fluídos é igual
Mas se não há retribuição
É verdade, torna-se um mal
Então, diante dos extremos,
O que posso dizer?
Se o que sinto é real
Mas o que deixo de fazer é ilusão
O medo tranca um fato natural
Quem me dera eu fosse
Uma criança ingênua e inocente
Talvez o desapego e o não desejo
 Dessem-me um amor como presente
Mas sou adulto, mente cheia
Então agora, o que dizer?
Antes de qualquer conversa
O que preciso é ser digno
Dominar essa emoção submersa
Olhar para os extremos
Sentir a essência, permanecer no meio
O meio é força, sabedoria
Energia livre que flui sem freio
Neste ponto sim, eu vejo
E assim posso dizer:
O meio é o Amor
Como um menino muito esquivo
Que não se deixa enganar, aprisionar
Que busca o passivo pra se tornar ativo
Passividade é uma fonte
De onde vem a paz, justiça e poder
Vem tudo o que me falta
Saciando a sede, integridade do meu Ser
E agora vou dizer:
Para que o menino flua
Não deve existir medo a nos prender
Então, deixe viver...

Leo

Aniversário

Aniversário é um dia especial
De pensar, de sentir e refletir
Para logo simplesmente agir
Levando-nos além do bem e mal

Aniversário, é noite escura
Pois um ciclo se fechou
O vazio se funde com o sereno que calou
Mas não os grilos que compõem a partitura

Aniversário também é um renascer
Após um fim, chega o novo
O Sol brilha para um belo e grande povo
Que mora dentro, nos compõe e nos faz Ser

Aniversário é como um réveillon
Porém calado, profundo
Está-se perto, mas distante do mundo
Pois o certo é despertar o próprio dom

Aniversário, é um dia íntimo
Mas também de grande alegria
Da fraternidade, então ria
Veja o seu poder e tape o que é ínfimo

Leo

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Luz que guia os meus passos

Quem sou, onde estou e por que sou?
O universo busca em si mesmo a razão de existir
Porque um dia quis partir e fazer do escuro luz
Mas pra onde se conduz se viu com forças que o apagou

Oh luz! Concorra agora ao meu chamado
O verbo que ecoa vai por todo o criado, infinito
E eu reflito um arrependido, é o sinal de um despertar
A luz que me alcançar se fará universo emancipado

Depois de tantas dores não há mais razão de ter
Após incontáveis erros não há por que mais cometer
A vida ensina, castiga, dá o remédio, é mãe guiando nossos passos
Oh mãe cósmica! Oh mãe íntima! És única, inefável, reatando nossos laços

Sabe, o que passou, passou, já não é mais
Para o seu filho, não importa o que passou e não será jamais
Agora onde estamos e estaremos é o presente
Com presente divinal que ilumina e surpreende

Oh deusa elétrica, mãe da vida, da verdade e do caminho!
O matrimônio primordial, ao íntimo, está compreendido
A perfeita união de dentro, no coração do homem que está sendo
O qual se funde ao seu deus na razão de estar vivendo

É o perfeito matrimônio, amor solar, íntimo, divino, estelar
É o ser querendo apenas ser, sem a pretenção de ser
Sem segundas intenções, sem olhar no outro pretenções
Resplandecendo então a paz e harmonia

Reavivando o fogo, a luz que faz o dia
O ensolarado dia cósmico, movimentação
Onde o cristo é a luz da criação.



Leo

Quem Sou é o que Serei

Aqui estou
Onde devia estar
Não há atraso nem adiantamento
Pois aqui eu sou 
E agora sei amar
Sem futuro nem passado
Só o presente me restou
Junto a presentes bem guardados

E o meu amor percebe
Que o simples é completo
É o perfeito coração
De um Ser repleto que concebe
Um renascer eterno
Um poder transformador
Que não vê dificuldades
Senão aprendizagem pra expandir o Seu Amor
E despertar as faculdades
Até que a dor perca utilidade

Com alegria assim eu pulo
Mas caio em descuidos
Porém com a força me apuro
E a gratidão transcende tudo

Não penso no depois
Quando sinto o coração
Sei que antes de sonhar
Devo abrir barreira a cada cor
E do saber fazer ação
E da arte a cura
Contemplando e apreciando
Protegendo a criação
Deixando morto o passado de quimeras
Do meu grande universo
Que se constrói para herdar e cultivar
A iluminada era que me espera

Recebi a força, poder vermelho
Resurgi na luz
Vi minha vida ao me olhar no espelho
Vi meu Ser como o deus que me conduz

Chama violeta, frequência do caminho
Deu-me a grande chance
De ver o amor em que me alinho
E perceber as mais sutis nuances

E por fim o verde, a emoção
Que por fim começa
Uma vida resurgida ao coração
Que expande e atravessa
Por maior que seja a travessa

Ensistirei pra Ser
Aumentarei o meu poder
Transmitirei o meu saber
Cultivarei o nosso ter
Na grande terra de amor

Assim eu Sou, assim Serei!



Leo