segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Arte da nova era

A arte está chegando em nova era
Feito lava das veias abertas da terra
O vulcão explode queimando feras
Que sugam e esfriam fogo que gera
Quanto mais vejo artistas mandando a vera
Mais percebo o mundo imenso que me espera


Então eu quero ser capaz de algo diferente
Do que autoridades sempre ditam a toda gente
Quebrar conceitos invisíveis correntes
Fazer tudo o que o coração pulsa e sente
A mente mente, julga, condiciona e prende
Mas vou revolucionar e nessa vida nova estar na frente


Brincar, dançar, cantar, fazer arte e alegria
Experimentar o novo num mundo grande em que se cria
Possibilidades que nos fazem entrar em euforia
Pois a arte tem poder de esquentar a mente fria
E curar o coração que é o nosso pai e guia
Para a verdade e emoção que ninguém antes sentia


Leo

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Deixe viver

O que posso dizer
Do que sinto no meu coração?
Pois ele pula, esquenta
Espero que não seja a paixão
É um sentimento bom
Quando a troca de fluídos é igual
Mas se não há retribuição
É verdade, torna-se um mal
Então, diante dos extremos,
O que posso dizer?
Se o que sinto é real
Mas o que deixo de fazer é ilusão
O medo tranca um fato natural
Quem me dera eu fosse
Uma criança ingênua e inocente
Talvez o desapego e o não desejo
 Dessem-me um amor como presente
Mas sou adulto, mente cheia
Então agora, o que dizer?
Antes de qualquer conversa
O que preciso é ser digno
Dominar essa emoção submersa
Olhar para os extremos
Sentir a essência, permanecer no meio
O meio é força, sabedoria
Energia livre que flui sem freio
Neste ponto sim, eu vejo
E assim posso dizer:
O meio é o Amor
Como um menino muito esquivo
Que não se deixa enganar, aprisionar
Que busca o passivo pra se tornar ativo
Passividade é uma fonte
De onde vem a paz, justiça e poder
Vem tudo o que me falta
Saciando a sede, integridade do meu Ser
E agora vou dizer:
Para que o menino flua
Não deve existir medo a nos prender
Então, deixe viver...

Leo

Aniversário

Aniversário é um dia especial
De pensar, de sentir e refletir
Para logo simplesmente agir
Levando-nos além do bem e mal

Aniversário, é noite escura
Pois um ciclo se fechou
O vazio se funde com o sereno que calou
Mas não os grilos que compõem a partitura

Aniversário também é um renascer
Após um fim, chega o novo
O Sol brilha para um belo e grande povo
Que mora dentro, nos compõe e nos faz Ser

Aniversário é como um réveillon
Porém calado, profundo
Está-se perto, mas distante do mundo
Pois o certo é despertar o próprio dom

Aniversário, é um dia íntimo
Mas também de grande alegria
Da fraternidade, então ria
Veja o seu poder e tape o que é ínfimo

Leo

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Luz que guia os meus passos

Quem sou, onde estou e por que sou?
O universo busca em si mesmo a razão de existir
Porque um dia quis partir e fazer do escuro luz
Mas pra onde se conduz se viu com forças que o apagou

Oh luz! Concorra agora ao meu chamado
O verbo que ecoa vai por todo o criado, infinito
E eu reflito um arrependido, é o sinal de um despertar
A luz que me alcançar se fará universo emancipado

Depois de tantas dores não há mais razão de ter
Após incontáveis erros não há por que mais cometer
A vida ensina, castiga, dá o remédio, é mãe guiando nossos passos
Oh mãe cósmica! Oh mãe íntima! És única, inefável, reatando nossos laços

Sabe, o que passou, passou, já não é mais
Para o seu filho, não importa o que passou e não será jamais
Agora onde estamos e estaremos é o presente
Com presente divinal que ilumina e surpreende

Oh deusa elétrica, mãe da vida, da verdade e do caminho!
O matrimônio primordial, ao íntimo, está compreendido
A perfeita união de dentro, no coração do homem que está sendo
O qual se funde ao seu deus na razão de estar vivendo

É o perfeito matrimônio, amor solar, íntimo, divino, estelar
É o ser querendo apenas ser, sem a pretenção de ser
Sem segundas intenções, sem olhar no outro pretenções
Resplandecendo então a paz e harmonia

Reavivando o fogo, a luz que faz o dia
O ensolarado dia cósmico, movimentação
Onde o cristo é a luz da criação.



Leo

Quem Sou é o que Serei

Aqui estou
Onde devia estar
Não há atraso nem adiantamento
Pois aqui eu sou 
E agora sei amar
Sem futuro nem passado
Só o presente me restou
Junto a presentes bem guardados

E o meu amor percebe
Que o simples é completo
É o perfeito coração
De um Ser repleto que concebe
Um renascer eterno
Um poder transformador
Que não vê dificuldades
Senão aprendizagem pra expandir o Seu Amor
E despertar as faculdades
Até que a dor perca utilidade

Com alegria assim eu pulo
Mas caio em descuidos
Porém com a força me apuro
E a gratidão transcende tudo

Não penso no depois
Quando sinto o coração
Sei que antes de sonhar
Devo abrir barreira a cada cor
E do saber fazer ação
E da arte a cura
Contemplando e apreciando
Protegendo a criação
Deixando morto o passado de quimeras
Do meu grande universo
Que se constrói para herdar e cultivar
A iluminada era que me espera

Recebi a força, poder vermelho
Resurgi na luz
Vi minha vida ao me olhar no espelho
Vi meu Ser como o deus que me conduz

Chama violeta, frequência do caminho
Deu-me a grande chance
De ver o amor em que me alinho
E perceber as mais sutis nuances

E por fim o verde, a emoção
Que por fim começa
Uma vida resurgida ao coração
Que expande e atravessa
Por maior que seja a travessa

Ensistirei pra Ser
Aumentarei o meu poder
Transmitirei o meu saber
Cultivarei o nosso ter
Na grande terra de amor

Assim eu Sou, assim Serei!



Leo

sábado, 29 de janeiro de 2011

Um mistério da vida

Quando enxergamos nossa luz e trabalhamos pra espalhar
É tão maravilhoso e só nos faz amar
Olhamos uma flor e vemos a pureza contida
Olhamos para o mar e sentimos a força da vida
Olhando para dentro, percebemos tudo o que está fora
Só assim amamos e sentimos uma pétala que aflora


Olhamos o passado e entendemos o presente
E o futuro de uma terra prometida, onde o ar será ardente
De amor, paz e harmonia...uma enorme aura colorida
Seres que são sóis...quem sabe é esse um mistério da vida...

Mas nada é entregue sem merecimento pleno
Existem muitas armadilhas e muitos tomam o veneno
É difícil perceber o crime muito mais prever sozinho
E ainda mais tirar veneno de um aromado vinho
Mas tudo é um propósito, nada é por acaso
Pois comodidade é causa de conhecimento raso
E dificuldade é prova na qual devemos passar
Pra sentir na pele a verdade do que é amar
Se o medo bate e perdemos atenção
Não sejamos rasos, mas firmes e insistentes pra voltar ao coração
Sejamos profundos, pois é lá no fundo que está o tesouro
E o oceano é o coração, iluminado por um sol de ouro



Leo

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um mundo diferente

Estou num mundo diferente
Os sinais que se passaram, hoje estão em mim
Vejo o que passou, o que me fez assim
Viver num mundo mais real, natural e abrangente
Estou neste mundo diferente
Onde a minha paz me dá a força protetora
Que me afasta da tristeza e da ira
Destruidora de universos
E o meu verso já não mente, não se afoba, só aprende
Estou no mundo diferente
Onde a paz, de repente, sai voando
E a paciência some e a ira me consome
O sangue sobe, pressionando a cabeça e a mente
Na mesma fração de tempo noto
Então retoco à posição ativa
Que só é possível na observação passiva
Sei que são sinais da Nova Era
E a intuição avisa o que acontece em nossa esfera
Os fracos vão sentir mais dor, adoecer
E os fortes vão ser mais Amor, vão fortalecer
Um mundo de esperança que não morre
Pois a esperança é a evolução, revolução no coração
E estamos aqui fazendo tudo acontecer
Isto é inevitável, irreversível
O tempo não importa, só Amar
Só depende de nós pra expansão do infinito continuar
Então Ama, e não reclama
Adora, e não chora
Não queira ser, apenas seja
E virá o que deseja
Antes de ensinar esteja aprendendo
E pra aprender não viva sonhando
Ao contrário, sonhe vivendo.



Leo

sábado, 15 de janeiro de 2011

Saudades do que não tive

Num racha com o vento em cruzada nas coxilhas
Me aprumo sobre um potro penteando as flexilhas
Avisto plantações maduras ou ainda jovens
Que nos fazem esperar os sustentos que nos cobrem
Oh! Longas venturas que me banham em liberdade
Quando solto gritos esquecendo a vaidade

Vem chegando da saudade o fim de semana
E como feito pra vida a consciência proclama:
É hora de folgar a cama, preparar o mate
Pra aquecer os pensamentos e aflorar a minha arte
E me bater em trova onde a língua rola solta
Com parceiros de amizade e com sangue de revoltas

Te apresento este pago que por nada é vendido
E sim comprado pelo amor que é mantido
O Amor que é o abrigo de um mundo de esperança
Como num sorriso puro de um espírito criança
De quem sabe apreciar os animais da flora
E com imaginação voa neste mundo a fora

Como a minha que agora está ativa
É um sonho verdadeiro que aviva mais a vida
Mas vem saudade que me acerta de surpresa
Quando noto minha presença nesta falsa natureza
Por que a cidade dá saudades do que não tive
Mas a imaginação aprecia o que vive

É onde anseio a existência da paz que falta ao mundo
Exemplando o que é vida e alegria em que me afundo
E é por ela que pelejo na obrigação da consciência
Impedindo que se plante neste pago a violência
Pois sei que nunca tive, mas sei, pois já estive
E um dia eu terei esta honra de ser livre.


Leo

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Poesia da Liberdade

“As palavras que partem pela força de um ser
São palavras que se atam na gana de viver
Se ocultam pra que não atinjam nosso peito
Pois verdades são os riscos que provocam desrespeito

A história é privilégio, graça de quem vê
Pois futuros são passados, lembranças no rever
Que a Besta não morreu e os chefões estão à solta
Nos cegando e nos mandando, nos vestindo até a roupa

Porém, livre é a consciência que se suste do que é seu
De quem sabe que a vontade é a bondade do seu deus
E gritos são berrados, desabafos libertados
Lutando, unindo gentes, sem temer serem amados

Para apenas o viver com a beleza da igualdade
Que harmoniza a natureza e só traz felicidade
E os covardes que se escondem irão fazer de miras
As provas que condenam suas próprias mentiras.”



Leo